Pilotos de quadrilha que adulteravam aviões para o tráfico são presos em ação da PF deflagrada em cidades do Piauí e mais 7 estados

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de prisão na Operação Vikare, deflagrada nesta quarta-feira (20) contra grupo criminoso que atua no tráfico internacional de drogas, usando aviões e empresas para mascarar o transporte de entorpecentes entre vários estados e países da América do Sul.

Os alvos, conforme a polícia, seriam dois pilotos presos em Campo Grande-MS. Um deles inclusive já foi detido anteriormente após investigação do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), na fase Narcos, em julho deste ano.

Pela PF, o mesmo suspeito também foi preso durante a Operação Teto Baixo, em outubro de 2019.

Operação Vikare

Batizada de Vikare, a ação partiu de investigação no Amapá iniciada em maio de 2020. Além do estado, os 73 mandados – 24 de prisão e 49 de busca e apreensão – são cumpridos em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará e Piauí.

A investigação identificou que o Amapá era um ponto logístico da organização criminosa, que tinha um aeródromo na capital Macapá como local de abastecimento e manutenção das aeronaves – a maioria de pequeno porte.

O estado recebia os aviões vindos principalmente da Colômbia e Venezuela, que depois seguiam com as drogas para várias regiões do Brasil.

A PF ainda não detalhou o número de presos e nem total de dinheiro e itens apreendidos, porém, informou que foi pedido o sequestro de bens de 68 investigados, entre aeronaves, embarcações e o bloqueio de R$ 5,8 milhões em bens.